O projeto de reprocessamento de resíduos de Santo Antônio, em Paracatu, a ter início no quarto trimestre, é o primeiro do gênero na Kinross.
Embora seja um desafio técnico, o reprocessamento de resíduos é utilizado em várias unidades de mineração em todo o mundo. Além disso, a equipe viu nele a oportunidade de recuperar onças de baixo custo e otimizar o rendimento em toda a Planta 1.
“Este projeto vem sendo preparado há mais de dois anos”, explicou Charles Wells, diretor de operações estratégicas de Paracatu, que foi à África do Sul explorar as boas práticas em reprocessamento de resíduos e a possibilidade de trazer o método para a Kinross.
Um pré-estudo de viabilidade descobriu minério de alto grau nos resíduos de Paracatu, resultado da concentração que o ouro toma ao fluir.
Os resíduos de Santo Antônio serão extraídos através de pulverizadores d’água. A partir daí, a lama é bombeada a uma estação de bombeamento e depois processado através do sistema de flutuação existente. Atualmente, a flutuação da Planta 1 encontra-se subutilizada devido à dureza do minério fresco em Paracatu, e este projeto otimizará os rendimentos.
O reprocessamento deve acrescentar 34.000 novas onças de ouro por ano a um custo de produção de vendas de US$ 400 por onça. O custo total do projeto foi de US$ 20 milhões em atualizações dos meios de produção.
Além da equipe da unidade, os Serviços Técnicos da Kinross, em Toronto, tiveram um importante papel no processo, com o apoio de Jeremy Brans, vice-presidente de estratégia de operações, Yves Breau, diretor de metalurgia e Douglas Kim, gerente sênior de reconciliação de recursos e reservas, que ajudaram a analisar a concentração de ouro na bacia de resíduos.
Getúlio Júnior, gerente de serviços tecnológicos e Robert Guimarães, gerente de processo, foram peças fundamentais em campo com Charlie, em Paracatu.
“Isso reduzirá significativamente os custos. Estou ansioso para começar o reprocessamento. Fico feliz de ter feito parte da equipe que trouxe à Kinross essa nova técnica”, continua Charlie.
Vista aérea das instalações de Paracatu e da represa de Santo Antônio, onde ocorrerá o reprocessamento
Planta 1
Os estágios do ciclo de reprocessamento de resíduos da lagoa
O processo de pulverização d’água com alta pressão
Bombas de barcaças