A Kinross Brasil recentemente organizou a exposição Memórias das Comunidades Quilombolas de Paracatu, que retrata a história das comunidades de Amaros, Cercado, Machadinho, Pontal e São Domingo, que são quilombolas.
A exposição mostra 20 histórias de vida de membros da comunidade quilombola que receberam treinamento do Museu da Pessoa, especializado em tecnologia de memória social, para contar suas trajetórias e compartilhar suas experiências.
Desde a abertura da exposição, no fim de 2022, 400 membros da comunidade visitaram a exposição para conferir a história de seus ancestrais em fotos, textos e vídeos. Esses materiais detalham a jornada da formação da comunidade e as histórias de vida que moldaram sua cultura. Essas histórias foram transformadas em livretos que educadores podem usar para ajudar os estudantes a conhecer a cultura e a história de sua comunidade.
“O município de Paracatu tem uma cultura muito rica e, o que é importante, a história local é especialmente marcada pela existência das comunidades quilombolas tradicionais”, disse Ana Cunha, Diretora de Relações Governamentais e Relações Comunitárias. “Os quilombos de Paracatu estão entre os mais importantes de Minas Gerais, e é essencial continuar reavivando essas memorais e compartilhando a história e os costumas dessas comunidades. Essa é a intenção do projeto. A memória coletiva tem um papel relevante no sentimento de pertencimento desse grupo. Essas memórias comuns garantem a sensação de identidade de uma comunidade inteira.”
Os fundadores dos quilombos escaparam da escravidão no Brasil Colônia e formaram comunidades que resistiram à opressão. Seus descendentes também são conhecidos como quilombolas. Essas pessoas e seus territórios são certificados pela Fundação Cultural Palmares, agência do governo federal responsável pela promoção e preservação dos valores culturais, históricos, sociais e econômicos da formação da sociedade brasileira.