A melhor história de mineração: Paracatu cultura de segurança

Paulo Camargos trabalha na empresa desde abril de 1996. Começou na Britagem e hoje trabalha como Técnico Mecânico na Manutenção da Planta I.

Antes, Paulo era dono, junto com o irmão, de uma oficina mecânica e ao entrar na empresa mudou completamente os seus conceitos em relação à segurança. “Não tem nada a ver com a maioria das outras empresas. Por exemplo, aqui a parte de documentação, as ferramentas, os EPIs, os treinamentos, temos tudo à nossa disposição. Tudo é muito criterioso”.

Paulo contou que sempre foi muito esforçado e que, na época, precisava muito deste trabalho, com isso sua dedicação e busca pelo aprendizado foram grandes. “Tinha acabado de casar, minha esposa estava grávida e a situação financeira do país estava crítica naquela época. Então eu abracei a empresa e disse que faria o meu melhor sempre”.

A percepção dos riscos nos detalhes chamou a atenção dele. “Posso afirmar que a segurança sempre foi muito importante aqui. Trabalhei durante 10 anos no turno e o nosso gestor dava uma volta na usina e pegava pedacinhos de eletrodos, pequenos parafusos, coisas que pareciam insignificantes para muitos, e descartava. Ele nos recomendava fortemente para não deixar isso acontecesse. Isso mexia com a gente. Antes eu trabalhava em um lugar que eu não tinha nem máscara para soldar, segurava um vidrinho na frente do olho para executar a atividade. E, infelizmente, isso é mais comum do que se imagina”.

Ele afirma que estende para sua família e amigos o que vê de exemplo na empresa. “A gente aprende coisas aqui e sem sentir passa lá para fora. Vira uma rotina. Cinto de segurança, por exemplo. Hoje eu sento no banco do meu carro e a primeira coisa que eu faço antes de ligar o motor é colocar o cinto. Passei a ensinar às pessoas. Muitas vezes quem está no banco de trás acha que não precisa usar o cinto, não sabe a importância e eu sempre peço que coloquem ou lembro. São essas coisas que fazem a diferença quando falamos de cultura de segurança”.

Para Paulo a vida é importante e a família está em primeiro lugar. “Temos que ter consciência de que a gente tem que fazer a nossa própria segurança pensando que a nossa família está nos esperando em casa. Também temos que fazer segurança dos colegas. ‘Estamos todos no mesmo barco’, todos temos família. Hoje exerço um cargo de liderança e tenho que olhar segurança o tempo todo. Presto muita atenção no trabalho da minha equipe, por que muitas vezes quem está na atividade não enxerga o risco”.

Depois de 21 anos, ele afirma que todos os dias é um novo Paulo. “Aqui temos oportunidades, querendo você cresce e se desenvolve. Isso aconteceu comigo. As mudanças são muitas e temos sempre que estar preparados. É preciso se adaptar e aprender a lidar com tudo isso conciliando com segurança, comportamento etc.”, finaliza. 

Paolo Camargos

 

 

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